A sustentabilidade nas marcas de moda está mudando de papel.
Ela deixa de ser apenas um discurso institucional e passa a se conectar diretamente com resultados de negócio. Não é mais só sobre posicionamento, é sobre impacto real, eficiência operacional e novas formas de gerar valor ao longo do tempo.
Com consumidores mais atentos e critérios ESG mais exigentes, cresce a pressão para que as marcas apresentem ações concretas, contínuas e mensuráveis. Nesse cenário, o recommerce se consolida como uma das soluções mais eficientes para unir sustentabilidade, relacionamento com o cliente e geração de receita.
Segundo a Ellen MacArthur Foundation, estender o ciclo de vida de um produto em apenas nove meses pode reduzir em até 30% sua pegada de carbono, consumo de água e geração de resíduos. Já o Resale Report da ThredUp aponta que consumir uma peça usada pode gerar um impacto ambiental até 70x menor do que a compra de um item novo, considerando todo o ciclo produtivo.
Esses números traduzem impacto ambiental. Mas, para as marcas, o ganho vai além.
Quando a revenda passa a fazer parte da estratégia oficial, a sustentabilidade deixa de ser abstrata e se torna algo prático, visível e recorrente. Cada peça revendida representa menos desperdício, mais eficiência e um novo ponto de contato com o consumidor. O recommerce permite transformar estoque parado, produtos usados e acervos de clientes em valor ativo para a marca. Ao mesmo tempo, cria histórias reais para comunicar, com dados, produtos e impacto comprovável.
Outro ponto central é a comunicação. Marcas que integram o recommerce ao seu calendário ganham novos temas e novas oportunidades de ativação ao longo do ano. Datas como Earth Day, Semana da Economia Circular ou Secondhand September deixam de ser apenas institucionais e passam a ser momentos de conversão, engajamento e visibilidade.
Mais do que acompanhar uma pauta global, a marca passa a liderar a própria narrativa de sustentabilidade.
Além disso, o recommerce atua diretamente na reativação da base de clientes. Ele convida consumidores antigos a voltarem para a marca sob uma nova lógica. Agora não apenas como compradores, mas como revendedores, participantes ativos e defensores de um propósito compartilhado.
Na prática, isso reduz custo de aquisição, fortalece relacionamento e cria recorrência sem depender exclusivamente de novos públicos. Sustentabilidade, nesse contexto, deixa de ser um centro de custo ou uma ação pontual. Ela passa a operar como alavanca de negócio, conteúdo e fidelização.
É exatamente nesse ponto que a cercle atua. Conectamos marcas a um ecossistema de revenda estruturado, mensurável e integrado à estratégia comercial e de comunicação. Co-criamos operações, pautas e histórias que reforçam inovação, credibilidade e impacto real no mercado de moda.
Porque o impacto positivo não está apenas no planeta.
Ele aparece na percepção de valor, na relação com o consumidor e na capacidade da marca de gerar negócios de forma mais inteligente e sustentável.
Fontes
Ellen MacArthur Foundation, Circular Fashion Report (2023)
ThredUp, Resale Report (2024)
BCG x Vestiaire Collective, The Luxury Resale Study (2023)
Business of Fashion, State of Fashion: Circular Economy (2024)