O pós-venda deixa de ser uma etapa e passa a funcionar como um ciclo de valor compartilhado que se amplia a cada interação. Durante muito tempo, o CRM ocupou o centro da estratégia de relacionamento, mas nasceu como uma ferramenta de registro. Ele observa, armazena e organiza dados, porém não necessariamente ativa comportamentos. À medida que os consumidores passam a circular valor entre si, o relacionamento evolui para um novo modelo. Surge o CMR, Customer-to-Market Relationship, uma lógica em que o cliente deixa de ser o destino final da comunicação e passa a atuar como motor ativo do mercado onde está inserido.
No ecossistema da cercle, o relacionamento não termina no histórico de compra. Ele se converte em revenda, recorrência e engajamento real. A recompra deixa de ser apenas uma métrica e passa a ser consequência de um vínculo que se retroalimenta.
Mais de 70% dos consumidores de revenda são novos clientes da marca original.
BCG, 2023
O que revela um novo fluxo de entrada no funil: a comunidade ativa o mercado, e não o contrário.
Um novo comportamento, uma nova forma de pertencer. As pessoas não buscam apenas comprar de marcas que admiram. Elas querem participar delas, influenciar seus ciclos, ver valor sendo preservado e compartilhado. Essa mudança desloca a relação tradicional entre marca e cliente. O consumidor deixa de ocupar um lugar passivo na jornada e passa a desempenhar um papel colaborativo, onde cada ação reforça a identidade coletiva ao redor do produto.
O CMR traduz essa dinâmica emergente. Deixa de ser uma estratégia de leads e funis para se tornar uma prática de comunidade e colaboração. A marca permanece como centro simbólico, mas o valor se expande em torno dela em forma de conexão, recorrência e reconhecimento mútuo. O pertencimento passa a ser construído a partir da participação ativa no ciclo do produto, criando uma relação mais próxima, mais viva e mais contínua.
Como o CRM evolui para CMR dentro do ecossistema da cercle A seguir, uma leitura mais estratégica dos pilares que reconfiguram o relacionamento quando ele deixa de ser linear e passa a operar como rede:
Pilar
O que muda com a cercle
Efeito sobre a comunidade
1. Reativação de clientes
A cercle reativa clientes com até 10 anos de histórico, oferecendo um benefício digital de revenda.
Ex-clientes voltam a interagir com a marca — não como compradores, mas como promotores do canal de revenda.
2. Garantia de valor
Cada revenda gera crédito de recompra, reinjetando o valor dentro da marca.
O cliente percebe o benefício de se manter vinculado à marca, tornando-se parte ativa de uma comunidade maior.
3. Ciclo de storytelling
Cada peça é revendida de cliente para cliente, criando rastreabilidade e narrativa ao longo do ciclo de vida.
O produto vira um elo de conexão entre consumidores, reforçando o valor simbólico e emocional da marca.
4. Liquidez e engajamento
A marca acompanha o valor do produto ao longo do tempo, como um ativo vivo.
Gera sentimento de valor preservado e compartilhado, fortalecendo o vínculo com a comunidade.
5. Identidade coletiva
A marca deixa de falar sozinha e passa a incorporar seus clientes na narrativa.
Cada venda e revenda contam a história da marca em movimento — e a comunidade se vê refletida no acervo. De dado a diálogo
O CMR não substitui o CRM. Ele o amplia, tornando-o mais inteligente e mais conectado à realidade de mercado. O relacionamento passa a operar como comunidade e o consumo se transforma em continuidade. A marca cresce não apenas pelo que vende, mas por tudo o que continua circulando dentro dela.
O valor do seu produto não termina na primeira venda. Com a cercle, ele continua circulando dentro da sua marca.